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Previsões tecnológicas para 2014

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Final de ano, época em que fornecedores de tecnologia e analistas de indústria fazem previsões para os próximos doze meses. Creio que estejamos agora em uma fase de consolidação das atuais cinco ondas tecnológicas, pois não podemos deixar de adicionar a Internet das coisas às ondas da Mobilidade, Social Business, Cloud Computing e Big Data. Estamos saindo das fases de curiosidade e provas de conceito para colocá-las em prática. Algumas estão mais consolidadas, como Cloud Computing (praticamente se tornando mainstream) e outras ainda mais distantes, como Big Data, mas o ano será de crescente adoção para todas.

Quero chamar a atenção para três movimentos que me parecem extremamente importantes. O primeiro é a contínua evolução da mobilidade e o fenômeno da consumerização, do qual iniciativas de BYOD, BYOA ou BYOC (Bring Your Own Device, App ou Cloud) são as partes mais visiveis. Outro é o inicio da curva de adoção de sistemas cognitivos, e o terceiro, será o impacto das impressoras 3D na sociedade.

Começando pela mobilidade e consumerização, posso dizer que a mobilidade estará cada vez mais presente. Se pegarmos apenas um fabricante, por exemplo, a Apple, vemos que sozinha ela vende mais de 200 milhões de dispositivos móveis – iPod, iPhone e iPad – por ano, que também é aproximadamente o mesmo numero de aparelhos de TV vendidos anualmente no mundo todo.

O processo de amadurecimento da mobilidade está começando a eliminar a distinção entre o que é uma app de negócios e uma app voltada para o consumidor final. Tanto que no dia a dia, o uso de apps como WhatsApp, Vine, YouTube, Facebook, Twitter e outras está fazendo parte das atividades profissionais. Talvez nas corporações, por políticas ainda restritivas, o acesso seja limitado. Mas se pensarmos em profissionais liberais, como advogados e médicos, que possuem uma rotina profissional e pessoal absolutamente sem fronteiras, notamos que eles podem usar o WhatsApp para enviar mensagens tanto para seus amigos como para seus pacientes/clientes.

Este movimento chegará com força nas empresas. No ambiente corporativo está cada vez mais dificil explicar (e convencer os usuários) por que as apps baixadas de lojas como AppStore ou Google Play são tão intuitivas, fáceis de usar, e intensificam as interações sociais, enquanto os sistemas internos são complicados, apresentam interfaces pouco amigáveis, o que exige dias de treinamento e leitura de manuais.

É indiscutível que vivemos em um ambiente de intensa interação. Em 2002 cerca de 80% do desempenho dos funcionários dependiam deles mesmos, hoje, cada funcionário interage com pelo menos dez outros para efetuar suas atividades e seu desempenho depende da eficiência do grau de conexão entre ele e seus pares, bem como entre ele e seus clientes. Cerca de 2/3 dos funcionários atuam de forma muito mais colaborativa que há três anos. É uma tendência que continua se acelerando e vai ficar mais visível em 2014. Creio que as iniciativas BYOD/A/C serão cada vez mais disseminadas e mais estruturadas, – sendo pauta importante das reuniões dos executivos C-leve – e menos ad hoc como a maioria das que vimos acontecer.

Outra tendência será a crescente liberalização do uso de plataformas sociais nas empresas, que serão cada vez menos relutantes, intensificando o uso dessas tecnologias. Por ainda ser algo, novo acontecerão erros e muitas empresas, provavelmente, falharão em definir guidelines claros e consistentes, mas é um processo de aprendizado normal. O fato é que será – e já é – simplesmente impossível impedir que os usuários usem seus smartphones e tablets – a não ser que eles sejam confiscados ao entrarem na empresa. Mas, e se estiverem em home office?

Também acredito que veremos mais e mais apps corporativas saindo da mera cópia de sites adaptados para telas menores, para sistemas que realmente explorem o potencial de recursos dos equipamentos móveis, criando o que chamamos de systems of engagement. Em todas as áreas isto já está acontecendo ou vai acontecer. Por exemplo, em saúde, criando apps que engajem o paciente em iniciativas de auto monitoração, com interação direta com os serviços e seus médicos. Ou em esportes, como o caso da Nike, que, inclusive, fomenta a criação de um ecossistema baseado na sua plataforma, para desenvolvedores criem suas próprias aplicações.

Observo também que se TI ficar à parte ou tentar criar empecilhos, será simplesmente contornada. Hoje, em muitas empresas, cerca de 80% do budget que envolve tecnologia tem interferência direta ou está sob responsabilidade dos executivos das linhas de negócio. É o famoso “shadow IT” que vai crescer na mesma proporção de TI não responder aos anseios da organização.

O segundo movimento que deverá se acentuar em 2014 é o dos sistemas cognitivos, que ainda são relativamente desconhecidos. Um exemplo que alguns ouviram falar é o Watson da IBM, mas é importante considerar que eles se constituirão em uma nova categoria de sistemas, que combina tecnologias já existentes com algoritmos preditivos sofisticados, linguagem natural, e “machine-based learning”.

Essa tecnologia tem grande potencial em muitas indústrias, como é o caso do programa mundial de incentivo à criação de novas aplicações cognitivas, com a proposta de formação de um ecossistema de desenvolvimento de novos negócios criado pela IBM recentemente. Sistemas cognitivos não são ficção científica e podem trazer excelentes resultados de negócios e, quem sabe, a partir deles, possam surgir novas e inovadoras aplicações. Creio que veremos algumas delas já no próximo ano, principalmente criadas nos EUA, porque atualmente o Watson só entende inglês americano. Em 2014 a curiosidade em torno do tema deve se acentuar e provavelmente veremos eventos e palestras pipocando no mundo todo e, talvez, até mesmo um no Brasil…

Já as impressoras 3D começaram orientadas à produção de protótipos e maquetes, mas começam a ser usadas para aplicações de negócio. A BMW usa impressoras 3D para produzir os instrumentos especiais necessários para a fabricação de seus carros e que seriam muito caros se produzidos na manufatura tradicional, de produção em série.

As impressoras tenderão a cair de preço e espera-se que o mercado mundial alcance três bilhões de dólares em 2016 e mais de cinco bilhões de dólares em 2020. Elas também poderão produzir brinquedos em casa, o que me leva a pensar: será isso um risco de ruptura no setor de varejo de brinquedos?

Com impressoras em casa, muitos produtos vendidos pelas lojas virtuais dispensarão a logística da entrega em domicílio dos produtos físicos e a trocarão pela permissão do cliente fazer download do modelo e imprimir o produto em casa. Varejistas poderão criar centros de impressão 3D para produzir produtos customizados e com isso romper a divisão entre manufatura e varejo. A logística será afetada de forma significativa e, no futuro, a produção de produtos baratos poderá sair de países onde a mão de obra é barata, para se concentrar nas impressoras caseiras ou centros de impressão em países desenvolvidos. O fator custo de mão de obra poderá ser bem menos importante.

Em resumo, em 2014 algumas empresas industriais utilizarão as impressoras 3D de forma mais intensa, mas elas ainda estarão distantes do uso diário nas nossas casas. Mas, com certeza o tema será bem mais discutido.

Sugestões de leitura:
http://www.nikefuellab.com/
http://www-03.ibm.com/innovation/us/watson/
http://www-03.ibm.com/innovation/us/watson/pdf/cognitive_systems_2012.pdf
http://www.theengineer.co.uk/in-depth/analysis/3d-printing-set-to-hit-the-mainstream/1014835.article


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