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A era do “Everything as a Service”

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A convergência de quatro grandes ondas tecnológicas – Cloud Computing, Big Data, mobilidade e Social Business – têm provocado disrupções e, consequentemente, oportunidades e riscos aos negócios e às áreas de TI.

Adotar e gerenciar de forma eficiente estas quatro ondas vai causar impacto significativo para os gestores e profissionais de TI. Dois aspectos se destacam: governança e gerenciamento deste novo ambiente, e a essencial necessidade de repensar a arquitetura de novos sistemas que englobarão estas ondas tecnológicas. Neste post vamos debater a questão da arquitetura destes novos sistemas.

Os sistemas atuais, desenvolvidos pelo paradigma cliente-servidor, não foram feitos para integrarem de forma consistente recursos como social business, mobilidade e Big Data, e nem foram concebidos para operarem em ambiente de nuvem. Compreensível. Tudo é muito novo. Afinal, a onda da mobilidade começou a se formar com o sucesso do iPhone (lançado em 2007) e dos tablets (marcado pelo anúncio do iPad, em 2009). Social business foi equiparado ao Facebook e visto apenas como mais um meio do marketing se relacionar com seus clientes, sem preocupações com os sistemas legados da corporação. Big Data foi inicialmente visto como um novo nome para Data Warehouse, ou seja, “já fazemos isso”, e cloud surgiu com grande desconfiança. Aliás, a mesma de vinte anos atrás, época na qual se começava a falar em client-server!

O cenário tecnológico atual é muito diferente do cenário de anos atrás. O ambiente central era o ERP e tudo girava em torno dele. Hoje o ERP continua como base de processamento de dados transacionais, mas atende a apenas 30% a 40% das necessidades de informações de uma empresa. Os novos sistemas devem atuar de forma integrada com as ondas tecnológicas. Ou seja, uma interação via mídias sociais, oriunda de um tablet, gera uma transação de venda e baixa do estoque, passando por uma análise, provavelmente em tempo real, do perfil do cliente, para propor uma ação promocional de cross-selling.

Este contexto nos leva a uma arquitetura baseada em serviços (tem gente que diz que o  SOA morreu… O termo SOA pode ter até desaparecido, mas aplicações orientadas a serviço são uma demanda real e bem presente), pois os princípios básicos deste modelo (encapsulamento, separação de funções, baixo nível de acoplamento, etc) permitem desenvolver as aplicações com este nível de integração com tantas e diversas tecnologias.

Bem, começam agora as dificuldades.

Primeiro: capacitação. Depois de um período de esplendor, onde SOA era a sigla da moda, o termo caiu em desuso e, infelizmente, hoje nem todos os desenvolvedores estão capacitados a desenvolver aplicações que sejam realmente SOA. Além disso, nos últimos anos, a concentração da capacitação foi no modelo cliente-servidor, acoplado ao paradigma teclado-mouse, Portanto, não é fácil conseguir desenvolvedores com skill para desenvolver novos aplicativos, touch-screen, integrados com plataformas de social business e atuando com tecnologias de Big data em tempo real, em um ambiente de nuvem. A própria academia não está preparando adequadamente estes profissionais. Recentemente estive em uma universidade de peso, e os temas Big Data, Cloud Computing, Mobilidade e Social Business eram palestras de uma hora cada, em um currículo de quatro anos. Ou seja, estavam formando profissionais para um mundo que já é passado…

Vamos debater um pouco mais esta arquitetura. O conceito básico dos novos sistemas provavelmente será “everything as a service” e a aplicação central será um framework com APIs que permitirão aos usuários desenvolverem novas funcionalidades. Um exemplo simples: por que a tela do Internet banking tem que ser a mesma para todos os usuários? Se os acessos aos recursos básicos forem efetuados via APIs seguras, o banco ficará responsável apenas pelos sistemas core (e, eventualmente, uma home page padrão, como default), deixando as interfaces serem desenvolvidas por outras empresas e pelos próprios usuários. As características desta arquitetura são essencialmente SOA: alta modularidade, serviços distribuídos (os serviços podem estar em nuvens de diversos provedores), baixo nível de acoplamento e fácil substituição de serviços (modelo adotado pelas empresas típicas da Web, sempre em beta mode, ou seja, evoluindo constantemente os serviços, sem impactar o que opera ao seu redor).

Uma sugestão é usar como benchmarks para os novos sistemas não os modelos de aplicações que as demais empresas do setor usam, mas olhar as empresas da Internet e avaliar como elas resolvem o desafio de estarem atendendo a imensos volumes de dados, implementando constantemente novas funcionalidades e usando APIs para fomentarem um ecossistema de novas aplicações criadas por outras empresas e pelos seus usuários. Um bom exemplo é a Amazon.com. É uma aplicação tipicamente SOA, com APIs abertas para novas funcionalidades. Para ter uma idéia da arquitetura da Amazon.com recomendo acessar o texto http://highscalability.com/amazon-architecture, principalmente a sessão Lessons Learned. Claro que o modelo de aplicações da Amazon não é válido para todas as empresas, mas serve de referência de “best practice” para uma aplicação SOA de alta escalabilidade, principalmente para empresas com volume significativo de clientes, como bancos, grandes varejistas, telcos e cartões de crédito.

Enfim, estamos diante de grandes mudanças que vão afetar as áreas e os profissionais de TI. A arquitetura de sistemas e os arquitetos de software passam a ter um papel da maior importância. Mas devem estar preparados para estas mudanças! Talvez a melhor frase final seja “SOA is Dead, Long Live to services”.


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